top of page

Um “caos” organizacional: uma breve reflexão sobre o comportamento da gestão pública na atualidade

  • By Pedro Ferreira
  • 18 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura


Lendo, presenciando e refletindo sobre situações relacionadas à gestão pública no tocante ao seu comportamento organizacional, observa-se a presença de uma série de varáveis externas e internas que influenciam no cenário atual encontrado. O comportamento organizacional, campo que investiga o impacto de indivíduos, grupos e estrutura sobre o comportamento interno das organizações, envolve temas como clima e cultura da empresa, liderança, equipes de trabalho e comunicação. No que se refere à liderança, faz-se necessário definir objetivos organizacionais e departamentais, metodologias de trabalho, indicadores de desempenho, competência para delegar poderes e atribuições, além de definições de procedimentos por escrito para execução das atividades (BERGUE, 2010).


Conforme esse pressuposto, o comportamento organizacional é fruto das relações que perpassam por todos os níveis da empresa (micro, meso e macroorganizacional), ou seja, é pertinente serem observadas as interações entre indivíduos, grupos, departamentos e organização como um todo. A partir desse estudo e com dados científicos confiáveis, é que se pode construir um cenário e diagnóstico da área, sendo passível de intervenção por meio de um planejamento apropriado.


Todavia, são inúmeras as organizações públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais, assim como do executivo, legislativo ou judiciário, que alçam mão de ferramentas de gestão em seus processos em prol de um comportamento organizacional mais apropriado e esperado pela sociedade. Infelizmente, é recorrente encontrar organizações em que seus “gestores”, que muitas vezes não têm sequer a mínima noção sobre o básico da administração, não sabendo aplicar no dia-a-dia ferramentas e metodologias que poderiam melhorar o trabalho da instituição como um todo.


É sabido que algumas delas vivem em um “caos” diário, não tendo noção de técnicas de planejamento, gestão de pessoas, gestão orçamentária-financeira, gestão patrimonial, gestão operacional, gestão de processos, gestão da qualidade, gestão de projetos, dentre muitas outras subáreas, algo imprescindível para uma administração de alto desempenho.


O fato é que esse tipo de gestão é feita na “penumbra”, sem informação confiável, aquela que vem de “alguém me disse”, na qual os incêndios cotidianos são frequentes, ou seja, as pessoas têm que largar tudo para resolver um problema a cada hora do dia. Sem planejamento, sem metas e indicadores é assim que a “banda toca”!


Nessa lógica, as pessoas “cansam”, perdem forças e energias com o passar do tempo, pois enfraquecem suas esperanças na melhoria e mudanças da instituição e por consequência, acabam perpetuando ações e modelos de outrora, que são indesejáveis na administração pública contemporânea.


Logo, nesse "caos", com servidores desmotivados, desesperançosos, dados como vencidos pelo sistema e dentre esses, uma parcela significativa que realmente só quer reclamar e se lamentar para continuar não fazendo nada, encontra-se o desafio latente da gestão de pessoas no serviço público, que há tempos os governos ignoram e vão empurrando com a barriga tal problema para próxima gestão.


Nesse cenário, no qual se destaca a figura do líder dentro das empresas, analisa-se quanto a necessidade desse tipo de perfil, embora é pertinente ponderar que os líderes não são super-heróis, mas sim profissionais com conhecimento, habilidades e atitudes que, se compartilhadas, fazem com pessoas contribuíam nos processos de gestão em prol de um objetivo coletivo, ou seja, da organização.


Líderes são necessários na gestão públicas? Sim, mais do que nunca! Embora seja relevante também se aprimorar, redesenhar e efetivar políticas, programas e processos de gestão de pessoas que só existem nos normativos, tais como os que envolvem os seguintes segmentos: avaliação de desempenho, descrição de cargos e salários, remuneração, desenvolvimento de pessoas, meritocracia, etc.


Por fim, enquanto não se chega a esse nível de profissionalismo na maioria das instituições públicas, somos obrigados a viver, conviver e sofrer as consequências desse recorrente “caos”!

コメント


Quem é Pedro Ferreira?

- Administrador pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA);

- Turismólogo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA);

- Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFMA);

- MBA em Gestão Empresarial pela Escola de Negócios Excellence (ENE);

- Especialista em Gestão Pública (em curso - UEMA);

- Especialista em Comunicação Organizacional (em curso - Estácio);

- Servidor Público Federal do Executivo;

- Atuou como Professor contratado do Ensino Superior e Técnico;

- Foi Consultor do Programa Gespública pelo Núcleo de Excelência Pública no Maranhão (NEP-MA);

- Atua nas áreas de gestão, administração, turismo, hospitalidade, educação e comunicação.

Procure por Tags
  • Facebook Black Round
  • Google+ Black Round
  • Tumblr Black Round

© 2023 por Voz do Sucesso. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook Black Round
  • Google+ Black Round
  • Tumblr Black Round
bottom of page