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UM PAÍS PARADO: o que há por trás disso?

  • By Pedro Ferreira
  • 25 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

O país parou! É o que é percebido pelos brasileiros nos últimos cinco dias. Mas como que uma categoria profissional conseguiu “parar” o Brasil de dimensão continental, fazendo com que serviços, abastecimentos e tantos outros setores sejam afetados, influenciando diretamente a vida de milhões de pessoas?


Pois bem, à luz do modelo sistêmico, tem-se que as políticas públicas são fruto de uma complexa estrutura, na qual se dá ênfase ao sistema político, onde são encontrados os chamados stakeholders, ou seja, os atores políticos (para essa abordagem).


São chamados “atores políticos”: aqueles cujos interesses poderão ser afetados, positiva ou negativamente, pelo rumo tomado por uma determinada política pública. Os atores políticos podem ser indivíduos, grupos ou organizações. São específicos e possuem características diferenciadas (RUA, 2009, p. 39).


Logo, nesse rol são encontrados os atores públicos (políticos ou burocratas) e os privados, tais como: empresários, trabalhadores, sindicatos, partidos políticos, organizações não governamentais (ONGs), grupos religiosos, dentre outros. Acaba que cada ator desse exerce, em algum momento, algum tipo de influência, de maior ou menor grau, na formatação da agenda e numa possível política pública.


Quanto ao cenário que o brasileiro vive nesta última semana, fruto da paralisação dos caminhoneiros em todo o país, Rua (2009, p. 41) já adverte sobre o poder de pressão que alguns atores possuem no sistema político:


No caso dos trabalhadores, é importante considerarmos que, dependendo da importância estratégica do setor ou da posição estratégica da área em que atuam, podem dispor de maior ou menor poder de pressão, alguns deles sendo capazes de paralisar um país. Por exemplo, caminhoneiros, trabalhadores da aviação, das comunicações ou dos núcleos informatizados das empresas (grifo nosso).


Essa pressão que um stakeholder detém sobre os tomadores de decisão, denominados de decision markers, está relacionada aos recursos de poder utilizados para se obter parecer positivo as demandas (interesses) daquele ator. Desse modo, na situação em tela, a capacidade de afetar o funcionamento do sistema por parte da referida categoria é o principal recurso de poder utilizado sobre o governo com o objetivo de uma decisão política ou quiçá, possíveis políticas públicas para o setor de combustíveis e transporte. Tudo isso dependerá do avanço das negociações entre os atores políticos envolvidos nesse sistema e do nível de governabilidade – composto pelo tripé “projeto de governo”, “apoio político” e “capacidade de governo” (DAGNINO, 2009), assunto esse que merece ser discutido em uma próxima oportunidade.

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Quem é Pedro Ferreira?

- Administrador pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA);

- Turismólogo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA);

- Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFMA);

- MBA em Gestão Empresarial pela Escola de Negócios Excellence (ENE);

- Especialista em Gestão Pública (em curso - UEMA);

- Especialista em Comunicação Organizacional (em curso - Estácio);

- Servidor Público Federal do Executivo;

- Atuou como Professor contratado do Ensino Superior e Técnico;

- Foi Consultor do Programa Gespública pelo Núcleo de Excelência Pública no Maranhão (NEP-MA);

- Atua nas áreas de gestão, administração, turismo, hospitalidade, educação e comunicação.

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