Em uma organização contemporânea, ninguém é uma ilha!
- By Pedro Ferreira
- 31 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Em uma sociedade em que as pessoas cada vez mais têm múltiplas ferramentas para se comunicar e interagir, as relações interpessoais se constroem de forma mais efêmera, dinâmica, perecível e complexa.
De fato que a premissa que diz que “ninguém é uma ilha” se torna mais coerente na sociedade contemporânea e global. Neste contexto, essa afirmação é uma realidade dentro das diversas naturezas de organizações, sejam elas públicas, privadas ou não governamentais. Desse modo, a gestão desses organismos se afasta de modelos mais burocráticos, departamentalizados e inflexíveis, utilizando-se com maior frequência de experiências a partir da busca de resultados por equipes de alto desempenho.
Esta realidade é consequência do fracasso da formação grupal dentro das empresas e pelo desenvolvimento do modelo de equipes. Ocorre que grupo e equipe têm distintas características, sendo usualmente utilizados de forma errônea como sinônimos no cotidiano do trabalho e da vida.

O grupo é um conjunto de pessoas que não tem objetivo comum, no qual podem ou não ter interesses similares e que os processos decisórios e de ação são constituídos de forma individualizada. No trabalho em grupo não há interconectividade e intercâmbio de ideias, nem interação emocional e afetiva entre seus membros.
Em via oposta, no trabalho em equipe, as pessoas têm claramente objetivos comuns pré-definidos, compartilhando o mesmo interesse, constituindo um processo decisório e de execução democráticos. Existem relações interpessoais fortes entre seus membros, sendo evidente a interconectividade e troca de ideias, além da profunda relação emocional e afetiva.
Nessa perspectiva, levando em consideração os notórios benefícios do último tipo apresentado, as organizações estão propensas a migração para o trabalho em equipe de alta performance, objetivando maior participação dos seus colaboradores, resultando em respostas mais rápidas as oscilações ambientais inerentes ao mundo dos negócios, permitindo satisfazer prontamente as demandas dos seus clientes reais e potenciais.
De acordo com Chiavenato (2014), as principais características das equipes de alto desempenho são:
Participação: todos os membros estão comprometidos com o empowerment (descentralização de poderes) e a autoajuda, buscando sinergia de esforços;
Responsabilidade: todos os membros se sentem responsáveis pelos resultados do desempenho, objetivando buscar solidariedade;
Clareza: todos os membros compreendem e apoiam o propósito da equipe, motivados pelo desenvolvimento do esforço conjunto;
Interação: todos os membros se comunicam em um clima aberto e confiante, resultando em um processo de comunicação efetivo;
Flexibilidade: todos os membros desejam mudar para melhorar o desempenho, buscando maior adaptação do grupo as novas circunstâncias;
Foco: todos os membros estão dedicados a alcançar expectativas de trabalho, objetivando a melhoria e aperfeiçoamento contínuo;
Criatividade: todos os talentos e ideias dos membros são usados para beneficiar a equipe, incentivando inovação e mudança;
Velocidade: todos os membros agem prontamente sobre problemas e oportunidades, em busca de competitividade através do tempo.
Considerando tudo aqui exposto e ratificando a crença da efetividade do trabalho em equipes de alto desempenho, utiliza-se do pensamento de Otto Cembranelli (2017) que afirma que “com dedicação, motivação, visão, talento, diálogo e trabalho em equipe podemos transformar o trabalho, a empresa, a comunidade e contribuirmos para uma sociedade melhor e mais justa”.
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