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Responsabilidade Social Corporativa: o “Q” a mais das organizações contemporâneas

  • By Pedro Ferreira
  • 30 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Em pleno século XXI é recorrente se encontrarem organizações que têm uma visão limitada, focada somente em si, ou seja, uma espécie de “miopia social”. Contudo, desde meados de 1970 que se iniciaram as discussões acerca do papel social das empresas, surgindo conceitos embrionários do que hoje se denomina de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou Responsabilidade Social Empresarial (RSE).


No decorrer da história, a RSC passou por vários momentos, cada um contendo diferentes concepções. Em um primeiro estágio, encontrava-se a visão clássica, pregando que a empresa teria somente responsabilidades econômicas com seus acionistas (lucro), colaboradores (salários), governo (impostos) e comunidade (ações filantrópicas pontuais). Posteriormente, surge a visão socioeconômica, na qual traz consigo o discurso que a responsabilidade da organização perpassa pela obtenção de lucro, incluindo a proteção e o bem estar social (ALENCASTRO, 2010).


Desse modo, a partir da premissa socioeconômica, tem-se que a RSC é entendida, atualmente, como uma forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os seus públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais” (INSTITUTO ETHOS, 2009).


Para tal, deve-se pensar a RSC como fator estratégico da organização, exigindo a elaboração de planejamento específico, execução, controle e avaliação dessas ações. Destarte, o nível de abrangência desses programas é maior, devendo alcançar todos os Stakeholders (partes interessadas), tais como colaboradores, acionistas, entidades do governo e comunidade de modo geral.


Assim, na visão atual, as ações de Responsabilidade Social Corporativa devem ser frequentes e em consonância com o planejamento estratégico, ou seja, estarem alinhadas a elementos como a Missão, a Visão e os Valores da organização.


Segundo Carrol (1991), tal concepção da RSC só é possível se as organizações conseguirem ser responsáveis em três aspectos hierarquicamente inferiores: econômico, ou seja, a empresa precisa gerar lucro; legal, isto é, a instituição necessita obedecer à Lei; e ético, quer dizer, a organização deve fazer o que é certo e agir sempre de forma correta e leal. Atingidos esses três níveis de responsabilidade, é que a empresa alcançará o que o autor chama de Responsabilidade de Ação Discricionária, contribuindo para a melhoria das condições da sociedade em geral, engajando-se em projetos sociais comunitários de cunho educacional, ou seja, torna-se uma extensão da dimensão ética, na qual há a contribuição voluntária do indivíduo à sociedade, em prol da qualidade de vida e sustentabilidade socioambiental.


Por fim, a implantação da Responsabilidade Social Empresarial influencia em vários segmentos relacionados com a instituição, tais como: nas parcerias estabelecidas com fornecedores e clientes; na produção com foco em qualidade; no desenvolvimento da comunidade com a qual tem contato; em maiores investimentos em pesquisas tecnológicas; na preservação do meio ambiente; na redução de ações predatórias; na proposta de participação de lucros da empresa; no desenvolvimento do seus colaboradores e sua qualificação profissional; e na consolidação do respeito para com o cidadão. Com tantas vantagens, hoje, a RSC não pode ser mais ignorada pelos gestores das organizações, tornando-se uma tendência e exigência de mercado e da sociedade como um todo.

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Quem é Pedro Ferreira?

- Administrador pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA);

- Turismólogo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA);

- Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFMA);

- MBA em Gestão Empresarial pela Escola de Negócios Excellence (ENE);

- Especialista em Gestão Pública (em curso - UEMA);

- Especialista em Comunicação Organizacional (em curso - Estácio);

- Servidor Público Federal do Executivo;

- Atuou como Professor contratado do Ensino Superior e Técnico;

- Foi Consultor do Programa Gespública pelo Núcleo de Excelência Pública no Maranhão (NEP-MA);

- Atua nas áreas de gestão, administração, turismo, hospitalidade, educação e comunicação.

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