Criatividade: fator estratégico em momentos difíceis
- By Pedro Ferreira
- 23 de jul. de 2016
- 2 min de leitura
É notório que o cenário atual não se torna tão favorável para diversos tipos de atividades finalísticas e, em geral, para atuação e desenvolvimento de várias organizações, sejam elas de natureza pública ou privada. Todavia, muitas instituições, em meio a tantas dificuldades, conseguem crescer e reconhecem oportunidades de desenvolvimento naquele contexto. Percebe-se que aquele velho ditado “enquanto uns choram, outros vendem lenços” tem grande veracidade.
Então, enquanto muitas organizações e seus colaboradores buscam a sobrevivência, outras se reinventam e se expandem. Segundo Gramigna (2007), estas últimas levam em consideração três pontos relevantes:
Utilizam a criatividade do conhecimento gerado pelos avanços na tecnologia da informação;
Investem em capital humano, buscando o equilíbrio entre capacidade de produção, geração de resultados e necessidades individuais;
Buscam oportunidades para expansão e crescimento.

Desse modo, destaca-se que a criatividade em tal cenário torna-se fator estratégico e vetor de mudança. Para John Kao (2007), a criatividade é um processo por meio do qual ideias são geradas, desenvolvidas e transformadas em valor. Assim, ser criativo é sinônimo da possibilidade de descobrir novas maneiras de lidar com o mundo, resolver problemas e alargar sua rede de relacionamentos.
Considerando a criatividade como elemento estratégico dentro de qualquer organização, pode-se afirmar que essa característica é tangível, pois é possível mensurar os seus efeitos de acordo com os resultados empresariais. Contudo, para otimizar insumos como tempo, recursos financeiros e capital intelectual, a criatividade deve ser administrada e gerenciada, possibilitando maior êxito na inovação organizacional.
Esse processo ainda deve considerar a utilização de ferramentas que possibilitem tornar os colaboradores mais criativos. Para tal, Gramigna (2007) sugere alguns hábitos que podem estimular a criatividade:
Sempre que surgir um problema, usar uma ferramenta específica da criatividade que permite o estudo de mais de uma solução, por exemplo, um brainstorming (tempestade de ideias);
Ativar a imaginação, procurando visualizar o futuro ampliado. Usar recursos simbólicos para representar o que foi projetado (desenhos, símbolos, etc.);
Cultivar a autoestima, autoconfiança, o otimismo e o bom humor – rir dos próprios erros faz com que novas tentativas sejam experimentadas;
Agitar a rotina, mudando alguns rituais, fazendo coisas diferentes;
Estabelecer conversações estratégicas em horários e locais inusitados e aproveitar todas as oportunidades para estabelecer contatos informais;
Conquistar novos espaços fora da organização, comparecendo a reuniões, palestras, cinema, exposições de arte, etc. Diversão e trabalho também caminham juntos;
Traçar pequenas metas de leitura: duas páginas de um livro por dia, por exemplo. Ler com criatividade, riscando, rabiscando, colorindo, fazendo perguntas, realizando anotações, enfim, interagindo com o autor;
Usar metáforas que transformem o intangível e o abstrato em imagens para melhorar o aprendizado.
Destarte, é possível estimular a criatividade dentro e fora das instituições, desde que se planeje e gerencie esse processo, desenvolvendo as pessoas, melhorando o clima organizacional, transformando fraquezas em fortalezas e superando as adversidades ambientais. Por isso que Marxwell Maltz (1960) dizia que “a vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades”. Então, desenvolva sua criatividade. Seja criativo dentro e fora do trabalho!
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